terça-feira, 14 de dezembro de 2010

RollingStone entrevista Raoni Marqs.

Depois de um turbulento processo judicial, um resfriado e uma recente crise de abstinência de chocolate Lindt, o CEO da Balnilia&Co., Raoni Marqs, está prestes a largar a capital financeira do país e se entregar a uma temporada de música, Coca-Cola e procrastinação intensa à beira do mar de sua casa no litoral paulista. O homem perturbado que conduz o leme de uma das maiores empresas do entretenimento nacional está em seu apartamento em Higienópolis tomando um cappuccino atrás do outro e desenhando com uma caneta de hotel atrás de uma nota fiscal. Ele nos fala de cachorros, aquecimento global e sobre como seu império esteve prestes a afundar nas mãos de uma esquizofrênica.

RollingStone: Eu entendo que é aqui que você trabalha. Como funciona a sua equipe?
Raoni Marqs: é, esse andar inteiro é a primeira unidade da Balnilia&Co. Tem outra unidade no quarto andar do edifício Baxter, em nova_york, mas a gent acaba fasendo a maioria das coisas aqi mesmo. Toda a eqipe criativa fica aqi em saopaulo, qer diser... a unidade de nova_york existe pra fechar negócios com os nossos anunciantes e tal. Essa parte mais financeira do rolê.

RS: Engraçado, eu nunca vi um anúncio no Balnilia.
RM: é... bom, eu... eu tenho pensado em desligar essa unidade de nova_york... ela... ela não tem rendido muito...

RS: E de quantos funcionários estamos falando, na unidade de São Paulo?
RM: bom, se contar a eqipe criativa, os desenhistas, a eqipe de animação, os redatores, os revisores, os coloristas, os dj’s...

RS: DJ’s?
RM: sim, sim, nós temos um dj fixo e alguns qe aparecem só de ves in quando... não dá pra trabalhar sem música num negócio desse. Se somar isso aos outros, eu acho que nós stamos falando de um total de funcionários de... ehr... 2.

RS: Dois? Dois funcionários?
RM: sim, sim... mas a faxineira não vem todos os dias, então... bom, não sei como isso se encaixa na sua contagem né...

RS: Ah sim. Então você é responsável prático por quase 100% do trabalho.
RM: sim, sim. Atualmente sim... mas a gente tem estudado a opção de enviar os briefings e os esboços para uma eqipe de macacos_escravos qe foi indicado por uns amigos do contrabando de chineses. Parece mais rentável... Tem ainda o Jayme, qe mora aqi, e tal, mas ele não fas nada e acorda tarde. E também tem a eqipe de advogados recém contratados por conta de todo o lance judicial e mimimi.

RS: Fale-nos sobre o processo que a Balnilia&Co. enfrentou. Como surgiu?
RM: ah, foi toda uma fervesao, né... pra mim parece todo um absurdo até agora, qer diser, a gent tava aqi ben10, tomando coca e desenhando, e um dia aparece essa molher disendo qe nós somos pessoas ruins e sacrificamos virgens no almoço. Eu ainda não entendo direito o qe aconteceu até agora...

RS: Mas quais foram as acusações?
RM: bom, a gente foi acusado de propaganda enganosa, falsidade ideológica, qebra de sigilo fiscal, violação dos direitos humanos, lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ontológica, olhar enquanto escondiam, violação dos direitos dos animais, atentado às leis trabalhistas e sonegação de impostos. A gent ia ser acusado de formação de quadrilha, tbm, mas daih eu disse qe a faxineira não vinha todo dia e tiraram essa...

RS: E qual foi o resultado de todo esse processo?
RM: bom, a gente vai ter qe encerrar o Concurso Internacional do Porco e pagar uma indenização por danos morais e psicológicos...

RS: Qual foi o valor da indenização?
RM: eu não sei direito, porqe meu contador evita me contar qlqr coisa sobre o dinheiro (ele acha qiel gasto demais). mas a Forbes disse qe a indenização é de tiop 120983710239871203 de cruzados novos. não sei se a nossa empresa tem todo esse dinheiro...

RS: E como você conseguiu lidar com tudo isso, sendo o chefe de toda a organização?
RM: eu não sei. eu estava dormindo antes do processo, e qdo aconteceu, eu acabei passando um fds inteiro na Mansão Dela Rosa, jogando videogame com os gêmeos enqto meus advogados cuidavam do rolê todo...

RS: Conte-nos sobre o clima na Balnilia&Co. depois deste turbilhão de desgraça.
RM: veja bem, eu não enxergo nada diso como dzgraça, na verdad... eu acho qe as pessoas tem qe conseguir arrancar tudo oqe puderem, de onde puderem. e se isso implica tirar dinheiro de uma grande corporação qe lidera o entretenimento em milhões de países, como a nossa, qe seja. eu me senti muito orgulhoso de ser alvo de um processo, na verdad. foi tiop law&order. estou ansioso pra ficar doente e ter qe minternar nuospital, porq daí vai ser tipo House... não gosto muito de law&roder, na verdad... mas está todo mundo muito bem, até porqe é natal daqi a pouco e toda a eqip vai sair de férias... menos o pessoal de nova_york. acho qe não vou dar férias pra eles esse ano.....

RS: Algum plano para o futuro?
RM: sobreviver ao revei... rev... revl... ao ano_novo.

J. S. Wenner para RollingStone Magazine.

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